No mundo todo, o capacete balaclave, a escada e a machadinha são os símbolos dos bombeiros. |
Para concluir o reconte dessa magnífica história, temos que nos reportar ao magnífico trabalho do Coronel Adrúbal da Silva Ortiz. Ele considera o desenvolvimento do Corpo de Bombeiros no Brasil uma fase a ser considerada dentro do desenvolvimento da instituição no mundo, e por isso aprecia com destaque as principais conquistas do órgão e sua importante e nobre missão nas terras tupiniquins.
A história dessa instituição tem como um dos maiores e basilares marcos, o incêndio do recolhimento Nossa Senhora do Parto, no Rio de Janeiro. Tal fato foi marcado pelo uso da bomba de dois cilindros, uma invenção já conhecida na Europa, mas ainda na vanguarda do combate a incêndios na América Latina. Isso ocorreu em 1789 e até então não se falava em Corpo de Bombeiros, isto porque, por associação, era a Marinha do Brasil quem, até 1797 combatia os incêndios no país. Foi o imperador Dom Pedro II quem, em 1856 cria o primeiro serviço de combate a incêndios no Brasil. Esta nova instituição era ainda concernente com os modelos português, francês, além dos modelos inglês e alemão. A instituição chamava-se Corpo de Bombeiros Provisórios da Corte. Os arsenais de guerra da Marinha do Brasil cederam bombas manuais e a vapor de origem inglesa, francesa e brasileira, compondo assim os primeiros meios de combate a incêndio no Brasil oficialmente considerados.
Incêndio no recolhimento Nossa Senhora do Parto (1789), marco crucial no desenvolvimento do Corpo de Bombeiros no Brasil. |
Em 1892, seguindo a tradição da integração entre o Corpo de Combeiros e a Sociedade Civil, surge em Joinvile (SC), o primeiro corpo de bombeiros voluntários do país. Esses profissionais atuavam como auxiliares do Corpo de Bombeiros militar e desenvolvia também os elementos socioeducacionais envolvidos no processo de combate a incêndios urbanos.
Em 1902 o Rio de Janeiro ganha o prédio histórico do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, que passou a polarizar todas as atividades relativas ao Bombeiro Militar no Brasil. A obra é assinada pelo então coronel do Exército Francisco Marcelino de Souza Aguiar, figura histórica reconhecida no país, e que exercera o papel de Comandante Geral do Corpo de Bombeiros da Corte Imperial de D. Pedro II. Na época o Rio de Janeiro ainda exercia o papel de capital da República do Brasil.
Prédio centenário do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (RJ). |
Em 1983 o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro passa a ser subordinado ao à Secretaria de Defesa Civil. Em 1992, Joinville criou o Museu Nacional dos Bombeiros, prédio que celebra a instituição com a História, fatos importantes, bem como evolução técnica e tecnológica dentro da instituição ao longo dos séculos no país. Em 1997 o Rio de Janeiro cria então o seu primeiro Corpo de Bombeiros Voluntários, que atua junto à sociedade civil, estabelecendo função preventiva e socioeducativa.
Por fim, chegaram os anos 2000, e em 2003, o então Museu Histórico do Corpo de Bombeiros passa a se chamar Centro Cultural e Histórico do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro, incluindo-se aí a Banda Sinfônica da Corporação.
CONCLUSÃO
Como uma das instituições mais confiáveis do país, o Corpo de Bombeiros é resultado do compromisso com a sociedade, bem como do amadurecimento técnico e metodológico da instituição no mundo inteiro, com o desenvolvimento de metodologias de intervenção sobre os sinistros, que não apenas os incêndios, como se verá nos próximos posts, uma vez que a integração com a Defesa Civil foi de vital importância para esse desenvolvimento de novas técnicas e entendimento da amplidão das funções do Corpo de Bombeiros no Brasil.
PARA IR ALÉM
Consulte o Site do Museu Histórico de Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. CLIQUE AQUI.
Conheça o Museu do Corpo de Bombeiros na sua próxima viagem a Joinville. CLIQUE AQUI.
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