Olá amigo leitor, saudações.
Março, pra quem não sabe, é o mês de combate ao preconceito contra a pessoa com Síndrome de Down. Isso porque, infelizmente, a síndrome durante muito tempo foi associada a uma série de questões que avançam sobre a ética do dia-dia. Isso significa que a sociedade encontra ainda sérios preconceitos aplicados à pessoa com Síndrome de Down, levando à necessidade de haver a sensibilização sobre o problema e, principalmente, melhorias de condição para que as pessoas possam aceitar e compreender o portador da síndrome como um cidadão. Ao longo das próximas semanas, discutiremos alguns aspectos relevantes sobre a síndrome, a começar pela sua história, abrangência e, principalmente, pela forma com que a sociedade precisa compreender e aceitar a pessoa com Síndrome de down.
A HISTÓRIA DA SÍNDROME DE DOWN
Apesar de ser uma síndrome muito conhecida atualmente, a Síndrome de Down não teve nenhum caso diagnosticado pela ciência até o século XIX. Provavelmente não que eles não existissem, mas que a ciência da época estava voltada a questões consideradas de cunho mais "nobre", o que evidentemente afastou o foco de doenças importantes que se manifestavam em todo o mundo, mas que não diminuíam em nada a necessidade de discussão que despertavam.
O primeiro a observar os sintomas que eram característicos da Síndrome foi o médico e psicólogo francês Edouard Séguin, que há muito havia se dedicado ao estudo de crianças com déficit de aprendizagem e outras doenças da mente. Classificada como uma patologia mental, em 1845 o citado médico descreveu seus principais sintomas, assim como arriscou algumas hipóteses para as suas causas, o que determinou certa atenção, mas que, com o passar dos anos foi esquecida.
Edouard Séguin, primeiro médico a descrever os sintomas da Síndrome de Down |
Jhon Langdon Haydon Down, médico que descreveu as características gerais da Síndrome de Down. |
Isso fez com que o preconceito contra as pessoas com Síndrome de Down crescesse e assumisse nuances muito sérios, porque naquela época, atribuía-se o seu aparecimento a questões religiosas, morais e mesmo de ordem étnica, como se fosse a manifestação de uma nova raça. Pra piorar, no século XIX e XX a síndrome passou a ser alvo direto das teorias eugenistas. No nazismo, junto com os judeus, gays e outras minorias, iam para as câmaras de gás e para os campos de concentração também as pessoas que eram portadoras da Síndrome de Down. Os hospitais da época também eram pouco preparados para o tratamento dessas pessoas, que eram mantidas nessas instituições e completamente negligenciados pelas instituições de saúde da época.
As instituições de saúde do século XIX e XX negligenciavam, por diversos fatores, os seus pacientes, entre eles, muitos portadores de Síndrome de down. |
AVANÇOS DA MEDICINA E DIAGNÓSTICO
Quase cem anos depois que Jhon Langdon descreveu as característica da Síndrome de Down, a medicina avançou e os primeiros microscópios eletrônicos possibilitaram enxergar a célula humana até os seus limites, o DNA, o código da vida, responsável pelas características que irão acompanhar o indivíduo para toda a existência. Isso fez com que os estudos sobre a Síndrome de Down possibilitasse melhores condições de diagnóstico da síndrome.
Foi a dupla franco-britânica Patrícia A. Jacobs e Jerome Lejeune os responsáveis pelo estudo que possibilitou o desenvolvimento da pesquisa sobre a Síndrome de Down. Eles observaram que as características observadas na Síndrome eram resultado da trissomia do cromossomo 21, essa má formação, faz com que o par de cromossomos 21 tenha mais de uma terminação, o que expõe o sujeito a uma série de má formações. A trissomia do cromossomo 21 é considerada a primeira alteração genética diagnosticada na espécie humana. A doença, por causa dos seus caracteres fenotípicos, que fazem com que os portadores da síndrome desenvolvam bochechas salientes, pele, em geral, mais clara, olhos puxados e cabelo extremamente lisos, assemelhem-se aos habitantes da mongólia, país menos povoado do mundo, no oriente, próximo à China. Essa semelhança fez surgir o termo pejorativo "mongolóide".
Patricia Jacobs e Jerome Lejeune, descobridores da trissomia do cromossomo 21, responsável pela ocorrência da Síndrome de Down. |
Mongólia e mongol. Semelhanças fenotípicas fizeram surgir o termo "mongolóide" para denominar pejorativamente os portadores da Síndrome de Down. |
A partir de então, percebeu-se que a criança e o adulto com Síndrome de Down é o portaodr de uma falha do DNA, e que isso em nada se sobrepõe ao seu caráter humano. Em decorrência disso, a partir do século XX e XXI, começou, socialmente a briga pelos direitos das pessoas com Síndrome de Down, reconhecendo-lhes os direitos e a responsabilidade do Estado sobre a sua proteção.
O dia 21 de março é o dia mundial de combate ao preconceito contra os portadores da Síndrome de Down, ou simplesmente, dia da Síndrome de Down. A data não foi escolhida por acaso. Ela se escreve 21/3 (em inglês 3-21), uma referência em inglês à trissomia do cromossomo 21.
PARA SABER MAIS
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Até o próximo post!
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Maravilhoso artigo! Bjs
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