SAÚDE - Cinco doenças (graves) contraídas na internet

Internet: "meu bem, meu zen, meu mal..."
Se tem uma coisa boa no mundo, é a internet. Ela te salva daquele frustrante e aterrorizante momento do dia em que você está em uma espera interminável, em que existem muitas pessoas chatas no mesmo ambiente e você não quer papo com ninguém, ou quando você simplesmente quer fazer algo, em casa, praticamente de graça e ao alcance da mão. A internet é a nossa salvação, mas também pode ser a nossa perdição, por isso, fique atento às cinco DOENÇAS contraídas na internet e saiba como evitá-las.

#1 NOMO 

NOMO e suas crises diárias...
O nome Nomo designa uma doença que é tão recente que ainda nem teve tempo de ganhar um nome latino. NOMO é a contração de duas palavras em inglês: NO MObile, ou seja, sem aparelhos móveis, como celulares, tablets, notebooks, netbooks e tantos outros gadgets que já são praticamente prolongamentos do corpo humano. A NOMO pode ser facilmente diagnosticada.

A NOMO começa exatamente com a sensação de pânico que as pessoas têm quando a bateria do celular está acabando? E aquela irritante mania de chegar Facebook, Whatsapp, Skype, entre outros, mesmo quando o celular está offline? E aquela neura de não ir onde não tem sinal de Wifi ou ainda, onde não pega celular com medo de ser surpreendido por notícias horríveis na volta? São os primeiros indícios da NOMO, que já é um distúrbio descrito pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, que, inclusive, tem até algumas sugestões de tratamento.

#2 Náusea digital.

"Onde sou eu?! Quem estou?!"
Sim. É possível. Sabe aquela pequena vertigem que você sente quando está olhando pros elementos móveis do celular e que não cessa quando você vira o rosto? Pois é. Pode ser uma manifestação dessa síndrome. Engraçado que ela até não era muito mencionada na literatura, mas casos constantes surgiram quando a Apple lançou o seu sistema operacional IOs 7. Nele, os gadgets traziam (na época) a função de aproximar ou distanciar as informações da tela. As pessoas mais suscetíveis à síndrome sentiram pesado as consequências desse avanço gráfico e logo, logo a empresa lançou uma atualização que desabilita tal função.

#3 Síndrome da dependência da internet.

"CADÊ O WI-FI!????"
É interpretada como uma variação dos Transtornos Obssessivos Compulsivos, conhecidos pela sigla TOC. Nessa modalidade, no entanto, o doente sente um incontrolável impulso de acessar a internet, por mais inconveniente que o desejo seja, ou por mais que não existam razões nem necessidade de acesso à web. Este transtorno, em geral, é ocasionado em pessoas jovens, que têm poucos amigos e que já têm ou tiveram TOC, bem como os que detém certa predisposição ao problema. A doença tem características muito próximas às do TOC: constante irritação, ansiedade, crises de choro ou isolamento constante e, quando não tratada, pode causar uma queda muito significativa na qualidade de vida do doente.

#4 Síndrome da Depressão do Facebook.

Vida real não é vida digital, baby...
Sabe quando você vê todo mundo no Face ostentando na balada, mostrando as fotos dos presentes que ganhou dos namorado(as), amigos (as), em fim, dos momentos felizes que passam e bate aquela tristezinha e a sensação de que se é o único ser humano no mundo que não vive em um episódio de Friends? Pois é. Se este sentimento te assola constantemente e você não consegue evitar, pode ser que estejas sendo vítima da chamada "Síndrome de Depressão do Facebook". Ela atinge um número significativo das pessoas que são suscetíveis ao que vê na timeline da rede social.

Inclusive, esta síndrome é real e já foi alvo de estudos do próprio Facebook. Em um episódio vexatório que repercutiu muito mal, o Facebook teve que admitir que, em um estudo realizado em parceria com pesquisadores da universidade de Cornell e Universidade da Califórnia (USA), mexeu com as emoções de pelo menos 700 mil usuários. Como? Manipulando o algorítimo que é responsável por determinar, a partir das suas escolhas cotidianas, o que aparece na timeline desses usuários, para mostrar apenas expressões, status e publicações em geral que tivessem conotação depressiva. Resultado: mais de 50% das pessoas atingidas pelo "estudo" (que até hoje tem a sua ética contestada), apresentaram oscilações de humor para o espectro depressivo, uma efetiva verificação da eficiência do experimento.

Bom, é importante frisar que para que se contamine com esta síndrome, além de ter Facebook, é necessário ser meio alienado. A maioria das pessoas não posta coisas tristes, ao contrário, elas querem parecer felizes, altruístas, realizadas, ricas, em fim, qualquer condição que aparente um diferencial em relação aos demais. Se você acredita piamente em tudo o que vê no Facebook das pessoas, realmente precisa de tratamento.


#5 Hipocondria digital.

Passando mal? É mentira ou é real?
Pessoas que padecem de hipocondria são capazes de emular (fazer sentir, agir como se realmente sentissem) reações típicas de doenças que dependem muito do grau da síndrome: menos ou mais graves. Elas, em geral, apresentam esse comportamento quando diante de pessoas que têm doenças reais. Entretanto, o hipocondríaco digital consegue estas mesmas reações simplesmente lendo online sobre tais doenças, ou vendo vídeos, áudios, fotografias, em fim, qualquer material disponível online que tenha como tema estes problemas. O resultado é uma patologia também associada à internet e ao universo digital. Tratamento? O mais eficaz é a busca pela solução dos fatores que podem ser evidenciadores de uma doença real: a hipocondria. Livrando-se dos problemas principais, os secundários simplesmente desaparecem.

CONCLUSÃO

A internet, claro, é uma ferramenta incrível. Mas, como tudo nessa vida, tem que ser dosada, trabalhada com cuidado ou seus efeitos nocivos irão prejudicar muito mais do que ajudar. Estar online e conectar-se com amigos é uma das melhores coisas que há, porém nada substitui o verdadeiro contato físico e a experiência analógica das sensações que vem quando estamos com os amigos,a  família o(a) namorado(a), em fim, com quem ou o que gostamos. Quando sua vida estiver muito digital, desconecta e vai produzir, na realidade, mais assunto pra sua vida virtual!

PARA IR ALÉM

Para saber mais o que é hipocondria, visite este completíssimo artigo científico: CLIQUE AQUI.

Se o seu inglês está em dia, visite o site do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, ou o Manual de Diagnóstico e Estatísticas de Doenças Mentais, CLIQUE AQUI.

"De médico e louco..."
Você conhece ou conheceu alguém que já sofreu/sofre de alguma dessas síndromes? Conte a história nos comentários e divulgue o blog nas redes sociais!

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